"Futebol no Ponto entrevista Jorge Iggor narrador da TV Esporte Interativo"
Hoje o blog Futebol no ponto entrevista Jorge Iggor narrador e apresentador da TV Esporte Interativo. Jorge falou sobre a seleção, Neym...
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Hoje o blog Futebol no ponto entrevista Jorge Iggor narrador e apresentador da TV Esporte Interativo. Jorge falou sobre a seleção, Neyma, Cristiano Ronaldo x Messi e muito mais... Leia a baixo a entrevista exclusiva.
(Jorge Iggor na Tv EI)
Jorge primeiramente você poderia nos contar um
pouco do Jorge Iggor fora da Tv ?
Vida tranquila, caseira, assistindo muito futebol. Muito mesmo. Meus
horários, meus compromissos pessoais tem como base as partidas do dia. Respiro
futebol.
Você é um daqueles meninos que não alcançou o
profissionalismo no futebol e virou jornalista esportivo? Pode nos contar como
começou sua carreira e quem foi seu ídolo na infância?
É até engraçado, mas nunca fui fissurado em jogar futebol. Nunca mesmo. Era
péssimo de bola. O que me fascinava mesmo era a transmissão dos jogos,
especialmente pelo rádio. Meus ídolos de infância eram os narradores. Doalcei
Camargo, Luiz Penido... Depois, conheci as ondas curtas e passei a ouvir
narradores de São Paulo. Fiori Gigliotti, José Silvério e outras feras. Sobre o
início de carreira, comecei em rádios comunitárias. Era meio engraçado, eu
descobria onde tinha uma emissora perto de casa, arrumava o telefone e me
oferecia para fazer um programa, na cara dura mesmo (rs). Ficava um tempo em
uma, mudava para outra, mudava de novo... Até ser ouvido pelo então chefe de
esportes da Rádio Grande Rio, Paulo César Rabelo. Daí em diante, as coisas
foram se ajeitando e passei a ter a carreira que sempre quis seguir.
Como foi sua trajetória até chegar ao EI ? E o que
pode falar dessa emissora pioneira?
Depois da Rádio Grande Rio, passei pela Rádio Carioca, levado pelo mesmo
Paulo César Rabelo. A emissora era ouvida na capital e logo o trabalho da
equipe foi chamando atenção de outros profissionais do meio. Até que, por
indicação do Rafael Marques (repórter da Rádio Globo), fui convidado pelo então
chefe de esportes da Rádio Brasil, Felippe Cardoso (hoje comentarista da Rádio
Globo). Foi um passo muito importante, pois eu chegava em uma equipe que fazia
um trabalho muito bem avaliado e com enorme repercussão no meio. O Felippe
tinha a fama de ser um chefe rigoroso. E era mesmo. Mas foi extremamente
paciente comigo. Entendia minhas limitações e passava confiança. Além de ser um
sujeito extremamente justo. Posso dizer que foi o chefe que mais me marcou.
Foram dois anos e meio de Rádio Brasil até o convite do Esporte Interativo.
Cheguei ao Esporte Interativo com bastante receio. Era um projeto totalmente
novo, o primeiro canal aberto de esportes do Brasil. Além disso, sempre fui um
profissional de rádio. Não me imaginava fazendo televisão, não era algo que
projetava para minha carreira. A "desaceleração" que todo narrador de
rádio precisa ao entrar na TV não foi fácil. Contei muito com a ajuda e a
paciência do André Henning(meu primeiro chefe no EI) para encontrar o ritmo
adequado.
O projeto foi me encantando. O crescimento do Esporte Interativo e a maneira
como transformamos a vida de milhões de pessoas diariamente é o maior prêmio
que podemos receber. Colocar o meu tijolinho nisso é uma das coisas que mais me
encheram de orgulho na caminhada profissional. Já disse em outras oportunidades
que o EI é a minha segunda casa, gosto e cuido disso aqui como se fosse o dono.
E me sinto um pouco dono mesmo. É muito gostoso trabalhar aqui.
Qual foi o jogo mais marcante que narrou? E qual o
gol que narrou que nunca vai esquecer?
O gol marcante foi o do Messi contra o Getafe, em 2007, quando ele sai
driblando todo mundo desde o meio-campo. E meu jogo marcante foi Flamengo 1 x 1
Santos, no Maracanã, em 2004, minha estreia na Rádio Brasil. Foi o maior frio
na barriga que senti na vida.
Qual esporte mais gosta de narrar?
Futebol. Sem pestanejar. Mas passei a gostar de várias outras modalidades.
Vôlei é bem legar de transmitir. Automobilismo e futsal também.
Você também é apresentador, gosta mais de narrar ou
apresentar?
Eu diria que a diferença diminuiu. Hoje sinto prazer quase igual fazendo as
duas funções, apesar de ainda me sentir mais realizado narrando.
Vamos falar de seleção brasileira, o que você pode
dizer da chegada de Felipão a seleção, que ponto você destaque como o diferencial?
Felipão chegou como uma tentativa da CBF de tirar de cima dela a pressão por
uma eventual mal desempenho na Copa do Mundo. Tem experiência de sobra para
suportar a cobrança, que será gigantesca. Em termos táticos, não o vejo como
alguém capaz de acompanhar a evolução que o futebol apresentou. Suas qualidades
como gestor de grupo e formador de "famílias" podem equilibrar essa
balança.
A goleada de 3 x 0 do Brasil sobre a Espanha foi
sorte ou o Brasil está preparado para enfrentar qualquer seleção ?
Sorte não teve. Claro que um gol logo de cara altera o panorama, mas o
Brasil foi altamente superior em campo. Resta saber se vamos conseguir jogar
sempre nesse nível ou se foi algo isolado, mas foi uma bela mostra do que o
time é capaz de fazer.
Vimos Lucas perder espaço na seleção e no PSG, você acha que Lucas escolheu mal
seu novo clube ou são coisas externas que influenciaram isso?
Lucas não conseguiu acompanhar a intensidade do futebol praticado lá fora.
Muita aplicação na marcação e uma exigência física fortíssima. Perdeu espaço no
clube e, evidentemente, isso o atrapalha em termos de seleção. Além do mais, a
concorrência no setor é muito grande. Entendo que sua perda de espaço não se
deve a nada fora de campo.
Você acha que Neymar está no mesmo nível de Messi e Cristiano Ronaldo?
Muito próximo dos dois. O único no mundo tão próximo.
Falando em Messi e Cristiano, qual pra você merece
ser o melhor do mundo em 2013?
Cristiano Ronaldo. Não só pelas lesões do Messi, mas pela incrível
performance do português. Um sujeito que se mantém em altíssimo nível o ano
inteiro, sem oscilar, decidindo quase 100% dos jogos, merece ser premiado. Será
uma tremenda injustiça se não derem o prêmio para ele.
O Cruzeiro é mesmo o melhor time do Brasil, ou o
clube tem os jogadores que juntos deram certo?
Como time, como conjunto, foi o melhor do Brasileirão. Individualmente,
não tem grandes craques, mas as peças se encaixaram com incrível perfeição.
Você acredita no Atlético-MG campeão do mundial em dezembro?
Pela tremenda qualidade do Bayern, não acreditava. Mas com tanta gente
machucada, inclusive o Robben, começo a sonhar... rs
E pra finalizar mande um?Alô? Para os leitores do
Futebol no Ponto!
Muito obrigado pelo convite! Fico feliz por ter oportunidades como essa de
falar um pouco da minha trajetória e dividir minhas opiniões sobre o futebol.
Muito sucesso na caminhada!
Se gostou deixe um comentário em logo abaixo! Em breve mais entrevistas com personalidades do futebol. Grande Abraço!